5 dos tesouros mais valiosos do mundo que tentaram roubar do Louvre e de outros museus

  • 25/10/2025
(Foto: Reprodução)
Veja imagens das joias roubadas no museu do Louvre  Era uma tranquila manhã de domingo, 19 de outubro, quando o impensável aconteceu. Um grupo de ladrões invadiu, em plena luz do dia, o museu mais visitado do mundo — o Louvre, em Paris, na França. Eles roubaram joias da realeza, de valor incalculável e grande importância histórica. Mas esta não foi a primeira vez que alguns dos tesouros mais significativos do mundo despareceram por falhas de segurança. De um roubo cinematográfico na Cidade do México até um assalto meticulosamente planejado em um palácio na Alemanha, aqui estão alguns dos roubos mais audazes da história. 1. O roubo do século no México A máscara mortuária de jade do rei Pakal foi um dos tesouros arqueológicos roubados do Museu Nacional de Antropologia da Cidade do México, em 1985 Getty Images via BBC Na noite de Natal de 1985, enquanto a maioria dos mexicanos passava as festividades com seus entes queridos, dois homens se arrastaram por um duto de ventilação para invadir o Museu Nacional de Antropologia da Cidade do México. Eles roubaram mais de 100 artefatos pré-colombianos de valor incalculável, da cultura maia e zapoteca, incluindo a máscara mortuária de jade do rei maia Pakal, o Grande (603-683). O assalto deixou as autoridades desconcertadas. Inicialmente, elas estavam certas de que uma rede profissional de contrabandistas de arte deveria estar por trás do furto. Em 48 horas, as autoridades reforçaram a segurança em todo o país e monitoraram qualquer possível negociação nos mercados internacionais. "Eles roubaram um pedaço da nossa história, inegociável e de valor antropológico inestimável", declarou Felipe Solís, do Instituto Nacional de Antropologia do México. Naquele momento, ainda não se sabia que os autores intelectuais do crime eram os estudantes universitários Carlos Perches e Ramón Sardina, ambos de 21 anos de idade. Eles passaram mais de seis meses se preparando para o assalto, e visitaram o museu mais de 50 vezes, para estudar os sistemas de segurança do local. Apenas quatro anos depois, em junho de 1989, a polícia encontrou parte dos artefatos roubados, de posse de Perches. Ele tentou vender alguns a um narcotraficante de Acapulco, no México. Perches foi preso, mas seu cúmplice, Sardina, desapareceu e está foragido desde então. A maior parte dos artefatos foi devolvida ao museu. Eles foram exibidos em julho de 1989, em cerimônia dirigida pelo então presidente mexicano Carlos Salinas de Gortari. Como resultado, foram implementadas medidas de segurança mais rígidas e o número de guardas aumentou. 2. Os tesouros perdidos de Boston, nos Estados Unidos Entrevista coletiva do FBI em Boston, como parte da investigação do roubo de obras de arte do Museu Isabella Stewart Gardner, em 15 de março de 2013 Getty Images via BBC Na madrugada de 18 de março de 1990, dois homens disfarçados de policiais de Boston, nos Estados Unidos, tocaram a campainha do Museu Isabella Stewart Gardner. Eles alegaram que respondiam a um chamado por perturbação da ordem e os jovens guardas do museu, desprevenidos, deixaram que eles entrassem. Em questão de minutos, a instituição se tornou uma cena de crime. Os guardas do museu foram amarrados e amordaçados no sótão. Os ladrões agiram com rapidez e levaram 13 obras-primas em apenas 81 minutos. Estima-se que tenham sido roubados US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,7 bilhões, pelo câmbio atual) em obras de arte. Elas incluíam pinturas de mestres europeus como Edgar Degas (1834-1917), Édouard Manet (1832-1883) e a única pintura marinha conhecida de Rembrandt (1606-1669), Tempestade no Mar da Galileia (1633). O quadro 'Tempestade no Mar da Galileia', do pintor holandês Rembrandt, foi uma das obras roubadas em 1990 do Museu Isabella Stewart Gardner, em Boston (EUA) Getty Images via BBC O caso permanece sem solução até hoje. A investigação sobre o assalto continua e o museu oferece US$ 10 milhões (cerca de R$ 53,9 milhões) por qualquer informação que leve à recuperação das obras de arte. Trata-se da maior recompensa já oferecida por uma instituição privada, segundo o site do museu. Molduras vazias permanecem nas paredes da galeria, como testemunhas silenciosas de um mistério que persiste até hoje. 3. O roubo de diamantes de Dresden, na Alemanha Uma das peças recuperadas após o assalto da Abóbada Verde de Dresden Reuters via BBC Na escura madrugada de 25 de novembro de 2019, foi anunciado um incêndio perto do castelo de Dresden, na Alemanha. Enquanto se acendiam as luzes de emergência e a eletricidade era cortada, algumas sombras se moviam com determinação. Em questão de minutos, um grupo de ladrões entrou por uma janela na histórica Abóbada Verde, que guardava o tesouro de Augusto, o Forte (1670-1733). O local abrigava centenas de joias e diamantes de valor incalculável. Os ladrões iniciaram o incêndio como distração com uma bomba improvisada. Em seguida, eles arrancaram as grades da janela com um alicate. O objetivo deles era levar 21 peças do tesouro real dos séculos 18 e 19. Entre elas, havia uma espada cerimonial, insígnias com diamantes, tiaras e botões, todos incrustados com 4,3 mil pedras preciosas. A quadrilha era de uma família mafiosa da capital alemã, Berlim. Eles executaram a operação em menos de 10 minutos. A fuga foi tão calculada quanto a entrada. Eles borrifaram o salão com um extintor de espuma para ocultar os rastros e fugiram em um carro Audi, que foi abandonado em um estacionamento e incendiado, antes que eles fugissem de volta para Berlim. A Abóbada Verde de Dresden reabriu as portas e a maioria dos objetos roubados voltou a ficar em exposição Getty Images via BBC Em 2023, cinco homens foram condenados a penas de quatro a seis anos de prisão. Algumas das joias, incluindo a espada com incrustações de diamantes, foram recuperadas intactas. Mas diversas peças permanecem desaparecidas, incluindo um raro diamante conhecido como a Pedra Branca da Saxônia, avaliado em US$ 12 milhões (cerca de R$ 64,7 milhões). A Abóbada Verde está aberta aos visitantes interessados em observar as peças recuperadas e o local do crime. 4. Os tesouros bem guardados do Irã A coroa usada pelo xá do Irã é uma das peças do Tesouro das Joias Nacionais do Irã, guardado no Banco Central do país, em Teerã Getty Images via BBC Embaixo das ruas da capital iraniana, Teerã, atrás de portas de aço e sob a vigilância de guardas armados, fica o Tesouro das Joias Nacionais do Irã. A coleção foi reunida ao longo dos séculos, pelas dinastias iranianas Safávida (1501-1736), Afexárida (1736-1796), Cajar (1789-1925) e Pahlavi (1925-1979). Ela inclui algumas das pedras preciosas e enxovais reais mais valiosos do mundo. Mas a Revolução Iraniana de 1979 levou, em janeiro, à fuga do xá Reza Pahlavi (1919-1980) do país, após três meses de protestos cada vez mais violentos contra o regime que ele comandava. Por isso, surgiu o temor de que as joias se perdessem naquela caótica transição de poder, até a chegada do aiatolá Khomeini (1902-1989), em fevereiro daquele ano. Mas um inventário posterior confirmou que todo o tesouro permaneceu intacto no cofre. Ali, protegido por vidro à prova de balas, está guardado o Darya-ye Nur ("Mar de Luz"), um enorme diamante cor-de-rosa. Com cerca de 182 quilates, o Mar de Luz é um dos maiores diamantes cor-de-rosa lapidados conhecidos no mundo. Sua lenda remonta aos palácios mogóis da Índia e às salas de coroação dos reis da Pérsia. Também se encontra ali a coroa Pahlavi, que brilha com seus milhares de diamantes, pérolas e esmeraldas. Sua criação data de 1926, inspirada nas coroas do antigo império persa sassânida (224-651). O Tesouro das Joias Nacionais fica no Banco Central do Irã. O cofre funciona como museu e como pilar das finanças nacionais. Seus tesouros seculares passaram a ser propriedade do Estado em 1937. Desde então, eles ajudaram a proteger o valor da moeda iraniana, o rial. Como muitas das joias são únicas e insubstituíveis, especialistas afirmam que o valor real das Joias Nacionais do Irã é incalculável. O acesso do público ao cofre é possível, mas rigorosamente limitado. Os visitantes devem passar por medidas de segurança dentro do Banco Central do Irã e observar a coleção em uma visita guiada. O acesso a telefones, bolsos e câmeras é proibido. 5. O roubo da Mona Lisa Pessoas reunidas em torno da Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, durante a devolução da obra a Paris, no dia 4 de janeiro de 1914 Getty Images via BBC O assalto ocorrido em 19 de outubro de 2025 não foi o primeiro prejuízo importante sofrido pelo Museu do Louvre. Atualmente, a Mona Lisa é considerada a pintura mais famosa do mundo. Mas foi necessário um assalto, há mais de um século, para que a obra ganhasse o protagonismo que tem hoje. Na segunda-feira, 21 de agosto de 1911, o Louvre estava fechado quando Vincenzo Peruggia (1881-1925) conseguiu entrar no museu e sair com a obra-prima de Leonardo da Vinci (1452-1519). A preparação para o assalto foi mínima, mas causou grande repercussão. Quando o furto foi descoberto, a polícia iniciou uma investigação e o Louvre manteve as portas fechadas por uma semana. Mas a Mona Lisa ficou desaparecida por mais de dois anos. Conta-se que multidões visitaram o Louvre, só para ver o espaço vazio onde a pintura estava exposta. A obra foi recuperada no dia 10 de dezembro de 1913. Peruggia foi descoberto ao entregá-la ao antiquário Alfredo Geri, de Florença, na Itália. O roubo havia sido um trabalho interno: Peruggia era um trabalhador imigrante italiano, que instalou a porta de vidro que protegia a obra-prima. Ele vestia o mesmo uniforme branco usado pelos funcionários do museu e sabia como o quadro estava fixado à moldura. Coroa da imperatriz Eugênia, uma das peças que foram roubadas do Museu do Louvre, na França, no dia 19 de outubro Getty Images via BBC

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2025/10/25/5-dos-tesouros-mais-valiosos-do-mundo-que-tentaram-roubar-do-louvre-e-de-outros-museus.ghtml


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